quarta-feira, 12 de março de 2014

A rua dos buracos

I

Caminho pelas irregularidades e desníveis
do teu chão
contando os passos e os buracos pela rua
caminho perdendo as contas
e o pudor de te ver assim: tão nua,
dura realidade de solo batido!

Depois de algum tempo o olhar até se
                                     acostuma
e os pés no mesmo embalo despudorados
tocam e desviam tuas lacunas
Que fenômeno é esse que causas nos sentidos,
ó ruazinha de chão sofrido?

Abre olhos fecha olhos
passo a passo continua...



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poesia: Thiago de Mattos

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